[As noites más não são um mito... Existem mesmo... Aqui fica o resultado duma dessas noites... (Com excepção, talvez, da primeira estrofe... Essa agradou-me...)]
Nunca fiz o inventário das minhas derrotas
Talvez por força e não fraqueza,
Talvez por fé numa postura ilesa,
Certeza morre e parte em noite escura,
Nunca fugi sem o sorriso que em ti perdura...
Nunca faço o inventário das minhas derrotas...
Talvez por medo de vir a ser esquecido,
Talvez por mágoa e incerteza enxuta:
Não vejo luta, nem determinação!
Mudam os rostos mas são os mesmo que aqui estão!
Antigos como a minha apatia,
Antigos como a vontade que não muda,
Não há memória de onde jazia a saudade!
Nunca fujo sem o correcto débito na minha idade...
Nunca farei o inventário das minhas derrotas...
Porque não terei tempo para tal...
[Peço imensa desculpa por este fim... É realmente algo que não me agrada por várias ordens de razões mas que surgiu como um ponto final simples e cru para um poema que se arrastava e que levava consigo qualquer réstia de descanso...
Vejam como posso escrever coisas que nem a mim me agradam e com isso vejam como há coisas em mim que não me agradam... Espero sinceramente que este poema vos agrade...]