31 de março de 2008

Mentira (ou a Verdade camufalada)

[Desculpas pela ausência... Faltam palavras para explicar tal situação mas eu volto aqui como que volta a casa depois de longa ausência e busca finalmente o conforto que o mundo lá fora não pode nunca proporcionar.
O poema que se segue (bem o parênteses que o finaliza) não traduz de maneira nenhuma o estado de espírito actual da minha pessoa nem do sujeito poético que o produziu, entidades que os meus caros e adorados leitores tanto gostam de confundir... E eu deixo porque sou boa pessoa... Ou sujeito poético... Ainda não sei...
E, com isto, não me vou imiscuir mais no vosso pensamento...]



Vês como é bom ver o Sol e a Lua
E poder sentir que a sua aura é só tua...
Sem partilhas, recordações
E sem sombras que impedissem essas visões?!

Vês como podes ser livre e bera
Sem a mácula duma vivência austera,
Olhares ristes e cabisbaixos,
Beijos imparciais, fúteis e laicos...?!

Vês agora porque não arrisco?!
Porque não insisto?!
Porque travo e travarei batalhas acesas
Deixando tuas pobres bochechas ilesas?!

Não arrisco porque hoje sei que estava errado
E só assim por ter estado parado
Não comprometi essa alegria...
Esse estado mentiroso de euforia...



[Abatam-me antes que esteja novamente na iminência de o fazer a mim próprio...]