Choro porque não durmo
E porque transformo a raiva dum dia alegre
Na confusão da noite apagada...
Choro porque continuo eu...
Simples, sóbrio, soturno, sorridente,
Preso ao sabor da algema e da corrente...
Choro porque o tempo pára sem avisar
E não sinto jamais a chuva no teu regaço,
Porque foste embora e esqueceste o meu abraço...
Choro porque sou pobre...
Um contínuo erro visual e sensitivo...
Choro porque não estou vivo,
Porque não vejo em mim beleza...
Choro não porque estou triste,
Mas porque desconheço a tristeza...
[O poema por si só...]
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7 comentários:
Nuninho... não chores!!!
Bjinho deveras grande =)**
Adorei este poema, Atlas!
Transmite sentimentos que nos são familiares a todos, desde a confusão do "ser" até à insegurança pessoal (frustração também, talvez?).
Gostei especialmente da última parte, choro "porque desconheço a tristeza..." Lindo! :)
Que poema mais lindo... so espero que nao sintas mesmo o k diz no poema...
**
cm é bom ler te... ^^
bem atlas...mais um dos teus poemas fenomenais:)
identifiquei-me bastante com algumas expressões que escreves-te e acho que são uma realidade ainda por entender para muitos de nós...
continua a escrever assim!!
bjs
os teus poemas tÊm um misto de Florbela Espanca e de Fernando Pessoa...a dor de florbela...e ao msm tempo o raciocínio e a consciencia de Pessoa...uma bela junçao...
Parabens!
Bonito poema! *.*
Adorei!
umbeijinho,
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