6 de setembro de 2007

Choro

Choro porque não durmo
E porque transformo a raiva dum dia alegre
Na confusão da noite apagada...

Choro porque continuo eu...
Simples, sóbrio, soturno, sorridente,
Preso ao sabor da algema e da corrente...

Choro porque o tempo pára sem avisar
E não sinto jamais a chuva no teu regaço,
Porque foste embora e esqueceste o meu abraço...

Choro porque sou pobre...
Um contínuo erro visual e sensitivo...
Choro porque não estou vivo,
Porque não vejo em mim beleza...
Choro não porque estou triste,
Mas porque desconheço a tristeza...


[O poema por si só...]

7 comentários:

Anónimo disse...

Nuninho... não chores!!!

Bjinho deveras grande =)**

Maria Natália Pinto disse...

Adorei este poema, Atlas!
Transmite sentimentos que nos são familiares a todos, desde a confusão do "ser" até à insegurança pessoal (frustração também, talvez?).

Gostei especialmente da última parte, choro "porque desconheço a tristeza..." Lindo! :)

Anónimo disse...

Que poema mais lindo... so espero que nao sintas mesmo o k diz no poema...

**

Anónimo disse...

cm é bom ler te... ^^

expressões singulares disse...

bem atlas...mais um dos teus poemas fenomenais:)
identifiquei-me bastante com algumas expressões que escreves-te e acho que são uma realidade ainda por entender para muitos de nós...
continua a escrever assim!!
bjs

Anónimo disse...

os teus poemas tÊm um misto de Florbela Espanca e de Fernando Pessoa...a dor de florbela...e ao msm tempo o raciocínio e a consciencia de Pessoa...uma bela junçao...
Parabens!

PetraC disse...

Bonito poema! *.*
Adorei!

umbeijinho,