Desafio - 7 Maravilhas

[Apresentar as minhas Sete Maravilhas é um desafio que me foi proposto pela Dusk e que se poderá revestir duma crueldade e injustiça eminentemente despropositadas... Tudo o que não for referido é por mim considerado como a Oitava Maravilha, não menos importante do que estas...]


1 // O Amor... O Amor que nos construiu e que vai alimentando a nossa existência e a nossa relação com aqueles que nos são mais importantes...

2 // A Amizade... A Amizade verdadeira nem sempre presente mas incondicionalmente assumida e vivida! Porque o 24h/dia não existe e pode ser facilmente substituído pelo vaivém espiritual e gratuito realizado sempre que necessário...

3 // A Honestidade... A Honestidade que mostra quem realmente somos e o que realmente queremos de nós e dos outros... Não o perder todos os trunfos e segredos, mas sim o deixar que os outros construam a sua felicidade em harmonia com a nossa...

4 // A Música... A Música que consegue tirar o nosso pé do chão e colocá-lo nesse mesmo sítio milésimos de segundo depois... A Música que traz um sorriso, a Música que traz uma lágrima... A Música que fazemos e a que vemos ser feita... A Boa Música...

5 // A Poesia... A Poesia que é simultaneamente fonte e foz de inspiração... A Poesia que nos maravilha, nos faz sonhar, nos faz reflectir sobre aquilo que vemos e que vimos exposto de maneira menos convencional... A Poesia das palavras ordenadas e das palavras desorganizadas... Das vírgulas, dos pontos e das reticências... A poesia do verdadeiro amador...

6 // A Calma... A Calma, a Paz de Espírito, a Consciência Tranquila, o Silêncio... O poder fechar os olhos e sentir que se os fechamos é porque já fizemos tudo o que tínhamos a fazer com eles abertos...

7 // O Sonho... O Sonho porque sempre que não conseguimos munir a nossa realidade de Amor, Amizade, Honestidade, Música, Poesia e Calma, podemos sempre encontrá-las na esfera da utopia, do inconsciente... Podemos ser quem não somos e encontrar quem não existe... E depois acordar na busca disso mesmo: quem não somos e quem não existe (ou se calhar até existe)...


[As Maravilhas estão apresentadas segundo uma ordem aleatória, sorteio esse realizado na presença de representantes do Governo Civil de Lisboa (ou não)...
Alargo este Desafio das Sete Maravilhas à Laura Brown e ao Complexo na esperança de assistir ao apogeu daquilo que realmente vos toca e vos fascina (estes devem seleccionar outros dois bloggers no sentido de escolherem as suas 7 Maravilhas - caso decidam aderir ao Desafio, obviamente)!]

Já sei a história da minha vida

Já sei a história da minha vida,
Sem saber as ruas por onde caminho...

Já sei os travos perdidos
E os esquecidos,
Os beijos doces trocados
E os roubados,
Os livros lidos e relidos
E os vividos,
Os passos certos encetados
E os errados...

Já sei porque me olhaste e não te vi,
Porque me sorriste e não te respondi...
Já sei porque fui para ti um servo do qual me orgulho
E porque repetiria cada segundo,
Cada mergulho...

Nada mais é novidade,
A não ser o fim!
Porque afinal já conheço os terrenos que piso...
Eles é que não me conhecem a mim...


[Porque a verdadeira natureza do Desconhecido só nos fascina enquanto ele se mantém isso mesmo... Uma névoa, uma dúvida; uma procura eminentemente infundada; um resultado que não satisfaz nem o detective nem a presa...
Sacrificar-se-á esse fascínio por uma realidade que corrói?!]

Impaciência

Quero que chegue a noite!
A paz, o escuro, o sossego...
O descanso, a meditação e o aconchego
Do meu leito!
Quero pensar eternamente!
Ganhar inércia e uma aptidão a nunca usar!
Quero morrer para num poema...
Enfim ressuscitar...

Como um crepúsculo reticente

[Para ti, desconhecida...]


Foi num ápice que entraste na sala
E arrebataste meu olhar perdido,
Com prontidão, ímpar frieza!
Com sofreguidão
Segui os passos da tua beleza...

Tocaste-me com desprezo,
Por não saberes quem poderíamos ser...
E mantiveste-te livre, presente...
Caminhando suave,
Linda como um crepúsculo reticente...

Fogo, ferro, frágua!
Doce alimento para a alma,
Líquido precioso que não água:
Porque foges?!
Irónico...
Vens e enlouqueces-me...
Sorris deixando meu eloquente ser lacónico,
Parco em forças e pecados,
Despido de espírito maçónico,
Sem projectos vindouros ou amores passados...

Meu sangue fervilha...
E tu bem o sabes...
A maneira como foges e sorris envergonhada,
Como falas e perdes a frieza demonstrada:
É amor!
Sinto o que tu sentes!
E sei que se negares, então mentes!

Por isso, agarro-te...
Permito que sintas a tensão deste momento;
Só não sei porque caio contigo..
Porque somos projectados ao chão,
E tu deixas que te transformem em ar...
Ou num fluído...
Ruido esse jamais esquecido...


[O que não conhecemos e que nos conhece a nós...
A procura do sonho...]

Marcas Perenes II

[o que conquistamos e o que queremos conquistar...
o que podemos conquistar e o que nos deixam conquistar...
as vitórias, as derrotas, os momentos em que nos conquistam, os momentos em que nos deixamos conquistar...]


Não existem palavras eternas
Nem frases impostas sem nexo...
Segredos que habitam cavernas
De um tempo perdido e complexo...

Não vejo jardim enlutado
Nem flor murcha ou triste...
É pejo, é sabor enraizado,
Marco duma dor que existe...

Caminhos surgidos da brisa,
Do riso que soa sem som...
Seria beleza que avisa
O fim da procura de um dom...


[porque continua a não acabar aqui...
talvez porque nunca acabará...]

Thinking Blogger Award

Há cerca de dois meses recebi o Thinking Blogger Award do Carpe Diem, facto que me orgulhou e me motivou bastante no contexto da escrita, principalmente por ter vindo da minha caríssima Laura Brown.

As regras do Thinking Blogger Award ditam que o blog que nos premiou não pode ser por nós premiado e que as nossas cinco escolhas devem recair em blogs que nos tenham deixado a pensar... Sendo assim, após uma longa pesquisa pela blogosfera, estas são as minhas escolhas:

A Simetria Perfeita

Conspirações dos Repolhos

Marchen Terreno

Slow dancing in a burning room...


Wildwood Melodies


Espero que me continuem a deixar pensativo...