29 de abril de 2007

Estou por aqui

[Após uma ausência prolongada, surgiu, por fim, a necessidade de trazer mais uma reticencia a luz do dia... ou a luz do blog...
Quem sabe se não erro...]



Estou por aqui...
Longe da árvore eterna...
Por vezes desconhecida, temida...
Por vezes chorada, esquecida...
Estou ao relento...
Por aqui ao sabor do Vento,
Do Mar, da Lua...
E da chegada do momento certo...
Longe mas por perto!
Estou por aqui...



[E assim se desmorona uma ideia que parecia bastante prometedora...
Sentir que ainda somos parte integrante de um passado remoto e sonhado é porventura vivificante... porventura limitante...
Porque já não sonho com sonhos prementes?]

2 de abril de 2007

Mentira

[ah! a alegria e a libertinagem de produzir um texto e vir colocá-lo aqui para que cada um faça o seu juízo e se sinta livre para produzir uma determinada conclusão precipitada ou acertada...
ah! a alegria de ver papéis irritantemente brancos transformados em inconstantes padrões duma tinta azul permanente e enriquecedora...
ah! poder chegar ao fim de um dia e pensar o quão longe estive daquilo que planeara para mim... e o quão reconfortante isso é...
raiva...
dor...
angústia...
negação...]


Não tenho tempo de negação
Ou sopro agreste de intenção!
Mordaz, cruel,
Que faz sofrer por amor ao fiel,
Que paga caro a prenda pedida…
E penitencia a alma que paga a vida…

Não sei porque paro e grito!
Sufoco e me vejo aflito!
Rodeado de pares supremos e sábios...
Ímpares numerosos e repletos de cenários...
Branco – angelical…
Vermelho – símbolo de sangue, doença, mal…

Não arrisco!
Há quem diga que não petisco…
Não atropelo a dor!
Há quem dia que sou bom condutor…
Não sei porque continuo sendo simplesmente
Um sujeito em si premente,
Um pacto, uma gente…
Sinceramente…

Um tempo de negação…
Um tempo de negação…
Um tempo de negação…

Nego o tempo e o espaço!
Nego tudo o que soa mais limpo!
Nego a manhã! Nego a tarde!
Nego a noite e os Deuses do Olimpo!

Nego-me renego-me!
Revejo-me…
Não sou, por fim, o azar…
Não sou, por fim, o falar…
Não posso, nem devo, arriscar…


[abatam-me se já nem isso me consigo fazer...]