25 de agosto de 2007

Já sei a história da minha vida

Já sei a história da minha vida,
Sem saber as ruas por onde caminho...

Já sei os travos perdidos
E os esquecidos,
Os beijos doces trocados
E os roubados,
Os livros lidos e relidos
E os vividos,
Os passos certos encetados
E os errados...

Já sei porque me olhaste e não te vi,
Porque me sorriste e não te respondi...
Já sei porque fui para ti um servo do qual me orgulho
E porque repetiria cada segundo,
Cada mergulho...

Nada mais é novidade,
A não ser o fim!
Porque afinal já conheço os terrenos que piso...
Eles é que não me conhecem a mim...


[Porque a verdadeira natureza do Desconhecido só nos fascina enquanto ele se mantém isso mesmo... Uma névoa, uma dúvida; uma procura eminentemente infundada; um resultado que não satisfaz nem o detective nem a presa...
Sacrificar-se-á esse fascínio por uma realidade que corrói?!]

3 comentários:

Anónimo disse...

A verdadeira natureza do Desconhecido, que tanto nos fascina, é aquilo que afinal nos permite Sonhar...

Se não houvesse o Desconhecido... se eu o procurasse e o encontrasse, passaria a conhecer literalmente toda a história da minha vida, incluindo o Fim...

Se assim fosse eu encontraria o Desconhecido e perdia o Sonho...

Ainda bem que existe o Desconhecido... que acaba por alimentar o meu Sonho... que afinal 'comanda a vida'...

Eu procuro o Desconhecido... acho que inconscientemente toda a gente o faz... eu procuro, mas não o quero realmente encontrar... quero continuar a Sonhar...

Bjinho grande**

expressões singulares disse...

de dia para dia admiro mais o teu dom para a escrita, adoro ler os teus poemas, de certa forma são uma inspiração para mim! é assim que te conheço...pq apesar de estarmos pertinho, estamos bem longe.
continua assim e lembra-te o desconhecido reserva sempre surpresas, mesmo quando parece que já o descobris-te por completo.
beijinhus e bigada pelo teu cómentário no meu blog.

Anónimo disse...

Tão fácil ver-me neste poema!
Gostei, principalmente, das duas ultimas estrofes. *