O homem que mergulhava nos seus sonhos fê-lo nessa noite pela derradeira vez.
Os sentimentos que ardilosamente tinha recolhido eram porventura avassaladores para a sua limitada mente. O peso dos erros que polvilhavam a sua existência insípida faziam-no vergar a um nível mesquinho e puramente introspectivo que o levava unicamente para o fundo...
"O fundo do mar", diriam os seus velhos do Restelo, habituados aos seus jogos simplistas e derrotistas; "O fundo do poço", diria o id do homem que mergulhava nos seus sonhos, habituado a ver em tudo nada mais do que o fim de tantas épocas tristonhas (ou o inicio de tantas frases inspiradoras...); "O fundo das questões", diria o mais atento de todos estes indivíduos ou instâncias...
A atenção não é mais do que uma qualidade fútil e perigosa que se apodera dos nossos sentidos, tendo não só o poder de os manter extraordinariamente funcionais mas também a arte de os interpretar erradamente, catapultando-os para a esfera do desapropriado e do injusto...
E, porventura, tais interpretações, terão trazido ao nosso amigo a inercia que o reduziria a um grão de areia mas também a indignação que poderia potenciar o seu salvamento...
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2 comentários:
esqueci-me de te dizer tenho um poema melhor e dedicado a alguém especial que gostaria de mandar para a tua colectânea. dps avs se tvrs interessado.
Ola "Elsinha"...
Fico muito contente com as tuas visitas ao meu blog e com os respectivos comentarios...
O outro poema que aqui deixaste era muito bonito e é claro que ficarei à espera de um novo...
Peço desculpa por só responder assim mas foi a melhor forma que descobri para entrar em contacto contigo...
Saudações!
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