[para a musa...
não porque já conheça este poema...
não porque esteja à espera deste poema...
mas porque conhece a minha definição de "poço" melhor do que ninguém...
espero que esse conhecimento nunca decorra de experiência própria...]
És o culminar de um esforço,
A porção ignóbil de um pesadelo...
És o princípio de um remorso,
e da dor com que tento esquecê-lo...
Aqui estou, deitado, inerte...
Lavado em fluidos agrestes e repetidos...
Esquecendo o amor que reverte
para os que são magoados e esquecidos...
Não sei porque permaneces vazio...
Esperando esse vácuo que apregoo ser meu...
Não sei porque és a foz do meu rio,
A nascente de um renovado "eu"...
Despeço-me numa névoa de esquecimento,
Vago no destino e na oração...
Voltarei se assim ordenar o vento,
Se o tempo for mais um marco de negação...
[porque existe sempre esta névoa, este medo...
este recalcamento freudiano...
chamem-lhe o que quiseram...
todos nós temos um poço...
o meu é este... e fica aqui retratado...]
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4 comentários:
Reconhço-me tanto nos teus textos :-|.
Sinceramente foi o único elogio que me ocorreu... Consegues descrever de forma impressionante todas as misérias emocionais possíveis e impossíveis.
Não consigo dizer mais nada porque também não iria acrescentar nada à imensidão do poema.
Não caias ao poço.
Nuninho, não conhecia a tua definição de poço... contudo esperu ficar pelos conhecimentos teóricos, pk jamais kero k caias nesse poço...
No entanto se houver um momento em que inevitavelmente não consigas evitar a queda nesse poço, sabes k tens sempre aqui um guindastre pronto para iniciar manobras para t tirar de lá...
Por mais fundo k seja esse poço, haverá sempre um guindastre capaz de te tirar de lá, ainda k ñ seja o meu (tenho a noção de k há guindastres com 'cilindrada' superior ao meu), mas acredita haverá sepre um capaz de o fazer...
Bjinhos do tamanho de tudo o k está fora desse poço...
***
Também te kero dizer que espero k nao caias no poço... pk a vida ca fora e linda, e existem mts formas de se evitar a queda, mas mesmo k isso aconteça, e como diss a sara damaia, estu aki para te ajudar a sair... qualquer coisa k precises... ja sabes!!!!
Bjinhos
Oi, queria agradecer o teu comentário ao post das Pedras no caminho.
Queria apenas dizer-te que não é meu, mas do Bernardo, o meu co-autor :p.
Também fiquei maravilhada com o texto, mas pensei "também para quem adoro Fernando Pessoa não é dificil".
Fico feliz por teres gostado tanto quanto eu.
Beijinho e mais uma vez obrigado pelo comentario.
PS-Para quando um post?:P
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