21 de fevereiro de 2007

Marcas Perenes I



[porque surge a eterna necessidade de mirar a linha do horizonte para perceber se devo ou não agarrar o que está ao alcance dum passo, duma mão, dum olhar ou dum sorriso...
porque surge a necessidade de reviver quedas para recordar a forma como me devo levantar...
porque, apesar de tudo, surge a necessidade de errar... nem que seja para permitir que o coração continue a bater... a bater... a bater... levemente...
até surgir o êxtase sublime da acção; prazer recolhido da queda, do choro e do olhar...]


Parco, perco
Uma profundidade infinita...
Fraco, encerro
Essa beleza descrita...
Num barco, eu peco
E não escapo ao naufrágio...
Em branco, um servo
Num longo apanágio...


Vivo, vivia
Acordei noutra lua...
Receptivo seria
Num sorriso que inclua...
O crivo, a pia
O sorriso sincero...
Crime, utopia
Nem sei o que quero...


Misto, incolor
O renascer duma acção...
Visto, sem dor
O bater dum coração...
Insisto, valor
O caminho para a ferida...
Um quisto, amor
Entro sem a saída...


[porque não acaba aqui...
talvez porque nunca acabará...]

2 comentários:

Persefone disse...

Enquanto houver vontade, o que importa é caminhar...
achei que era um bocado fútil depois destes textos apenas comentar os apontamentos do Prof Rui Fontes LOL ;P
Bjs

Anónimo disse...

diga.se d passagem qe alem ( obviamente ) do qe escreveste , essa pulseirinha verde é a coisa mais bonita deste post ^^


'e sempre bom ler.te e de certa forma sentir.te bem perto..*