3 de abril de 2008

A Satisfação do Eterno Insatisfeito (I)

Façam-me um favor e deixem de pensar que, por momentos, fui infeliz.

Não existe tal estado de espírito. Das duas uma: ou estamos felizes ou estamos à procura dessa felicidade e esse estadio não implica necessariamente a existência do oposto do que procuramos.
Por isso, e porque realmente nunca o fui, não sou infeliz... nem serei!

E isso vê-se na maneira como acordo de manhã e anseio pela vinda de novos desafios, pelo sol incauto que pauta os céus sonolentos a seu bel-prazer, pela água que me acorda e refresca, pelo barulho que me recorda a vida e a forma como os outros têm poder para alterar o meu percurso...

Medo?! Não... Respeito pelo futuro, companheirismo por quem está ao meu lado e desejo de mais, mais e mais... Porque não fomos criados para assistir a este sol, a este preciso incauto sol que nada tem de novo, dia após dia, semana após semana, vida após vida... Tenho, portanto, medo de adormecer e de, por artes mágicas que desconheço (mas um dia conhecerei), esse sol mudar sem que eu tivesse contribuído para a mudança!

O meu marco neste mundo será esse...